"Dar o pequeno-almoço aos animais." Muita bicharada para ver em Portimão na Páscoa

Nesta iniciativa da Quinta Pedagógica de Portimão, as crianças podem passar um dia diferente e ver os quatro porquinhos que nasceram e os 2 cabritos que não têm mais de 15 dias.

Não falta bicharada na Quinta Pedagógica de Portimão. Há as ovelhas Alice e Esperança, a porca Rita, as burras Madona, Inácia e Azeitona, o pónei Milagre e o cabritinho Astérix. E tantos, tantos outros animais que se espalham por aquele espaço.

O Diogo, 7 anos, é um dos meninos que, acompanhado do pai, decidiu deslocar-se à Quinta Pedagógica de Portimão nestas férias da Páscoa. Veio de Lisboa e afirma que para ele não é novidade ver animais. Já visitou outra quinta na cidade onde vive. "Também vejo ao fim de semana os programas sobre vida animal", confessa.

A coordenadora da Quinta Pedagógica dá as boas vindas às três famílias com cinco crianças a quem vai fazer a visita guiada. Vai de local em local a mostrar e contar as histórias e as particularidades de cada animal. Cada um tem um nome. A começar pelos coelhos. "Ele chama-se chocolate porque estamos quase na Páscoa?", pergunta o Diogo. Eva Leal explica que o nome foi atribuído porque o coelho é todo castanho.

Mais à frente estão outros bichos, desta vez de maior porte. "Alice, vem cá Alice", chama a coordenadora da Quinta. Uma ovelha de grandes chifres assoma-se à porta do estábulo e dirige-se em direção aos miúdos. "Então que bicho é este?" "Uma cabrinha", respondem os miúdos.

A ovelha Alice tem chifres e é da raça algarvia, uma raça autóctone, daí a confusão das crianças. Eva aproveita para ensinar aos miúdos os produtos que dá o animal, o leite e a lã. E como se chamam os filhos das ovelhas? Todos sabem que são os borregos, mas Diogo confessa que, quando era mais pequeno, pensava que um borrego era o filho de um burro. "Bo-rrego", diz a rir e acentua as sílabas para explicar a sua confusão.

No estábulo está a vaca Júlia, o animal de maior porte da quinta, e mais à frente as burras Madona, Inácia, Azeitona e Florbela. Cabe aos miúdos dar-lhes um pequeno-almoço melhorado: alfarrobas. Uma criança queixa-se de que um dos animais lhe queria comer o dedo, mas foi só um receio infundado. Os animais não fazem mal a ninguém.

Mas, nesta altura, a maior sensação da quinta pedagógica são quatro porquinhos que nasceram no dia anterior, filhos da mãe Rita. São pretos, já correm por todo o lado e fazem as delícias das crianças. Há cerca de 15 dias nasceram também dois cabritinhos, um deles de nome Astérix. Eva pega no animal ao colo e pede às crianças para lhe fazerem festas. "Que giro!", exclama o Diogo.

A um cabrito que nasceu na altura do primeiro confinamento deram o nome Covid. "Esse nome não é nada bonito", diz uma das crianças.

Os miúdos interagem com os bichos, fazem festas, conhecem as particularidades de cada um.

Eva considera que esta é uma boa atividade para as crianças passarem um dia ao ar livre e diferente nestas férias da Páscoa. Ali todos ganham: as crianças, quem os acompanha e até os animais. "Esta atividade consiste em ensinar como alimentar e o que comem os animais e também conhecê-los. E os animais gostam de estar com as crianças e são bastante participativos", conclui.

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