- Comentar
A Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que nos próximos meses "é expectável um aumento da indisponibilidade dos recursos humanos", antecipando um outono e inverno com escassez de meios no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e deixa, por isso, um alerta ao Governo. Para evitar um cenário de rutura, é preciso que seja "considerado o recrutamento de recursos humanos" e que "as condições de trabalho dos profissionais sejam melhoradas" de modo a que seja possível responder às necessidades da população.
Relacionados
Urgência de Obstetrícia em Abrantes condicionada entre domingo e terça-feira
Fim do uso da máscara é "aceitável", mas pode ser "por pouco tempo", avisam médicos
Covid em Portugal. Regresso de férias é "mais favorável" a contágios
O aviso é feito no documento em que a autoridade nacional de saúde traça as "linhas orientadoras para a Covid-19 e outras infeções respiratórias durante o outono - inverno 2022/2023", a que o jornal Público teve acesso, e no qual a DGS defende que o Governo deve considerar o alargamento de respostas de proximidade e não presenciais, como a hospitalização domiciliária e o recurso às teleconsultas.
Na lista de recomendações, a DGS inclui também a partilha de doentes e de recursos - humanos, materiais, infraestruturas e equipamentos. Paralelamente, defende a celebração de protocolos para a realização de exames médicos nos centros de saúde, unidades locais de saúde e hospitais.
DGS antecipa meses de muitro trabalho no SNS e faz recomendações ao Governo. A jornalista Sónia Santos explica o que está em causa.
A DGS antevê um outono-inverno de muito trabalho, uma vez que se espera a ocorrência simultânea - ou em sobreposição parcial - do pico da incidência da infeção por Covid-19 com outras doenças infecciosas e respiratórias, nomeadamente a gripe.
Sobre a próxima fase de reforço da vacina contra a Covid-19 que arranca a 5 de setembro, a DGS deixa claro que se ainda não estiverem disponíveis em Portugal as novas vacinas adaptadas à variante Ómicron, o calendário não deve ser alterado. Nesse caso, sublinha, devem ser utilizadas os fármacos disponíveis e já autorizados.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Marta Temido ainda não se pronunciou sobre o tipo de vacina que será usada, mas o organismo dirigido por Graça Freitas antecipa-se e considera que o mais importante é reduzir o número de casos graves de Covid-19. Por isso, a vacinação dos grupos já definidos deve avançar na data prevista.
O jornal Público acrescenta que estas linhas orientadoras traçadas pela DGS já foram distribuídas pela tutela, na semana passada, a várias entidades que fazem parte do Serviço Nacional de Saúde.