A TSF passou a manhã no aeroporto de Lisboa para perceber os efeitos da greve da Groundforce que deixou muita gente em terra este fim de semana.
O relógio marcava 07h00 e a situação parecia um pouco mais tranquila no aeroporto de Lisboa, mas ainda assim havia muito movimento. No terminal 1, havia muita gente a fazer check in, sobretudo para voos da TAP mas era possível passar. Não se viam filas desmesuradas como as que existiram durante o fim de semana.
De qualquer modo, aqui e ali ia-se vendo pessoas que, claramente, passaram a noite no aeroporto. Estavam sentadas no chão ou a tentar dormir numa cadeira.
Já a fila para o balcão de informação da TAP tinha entre 30 a 40 pessoas à espera. Espreitando lá para dentro, para o gabinete de apoio, via-se apenas uma pessoa a atender. Portanto, a fila ia avançando devagar. Estas pessoas na fila eram sobretudo passageiros que viram os seus voos cancelados este fim de semana e tentavam acertar os últimos detalhes para conseguirem novo voo para segunda ou terça-feira. Havia também pessoas que já têm novo voo mas que iam tentar voar mais cedo. Por exemplo, um passageiro que vai para Madrid as 21h00 tentava conseguir uma vaga num voo que saía mais cedo.
Tiago Sampaio é um dos funcionários que está a ajudar os passageiros com o check in e a encaminhá-los para os balcões corretos. Tiago dizia à TSF que a situação ainda estava um pouco complicada, efeitos da greve da Groundforce que deixou muita gente em terra este fim de semana.
Eram 08h00 e, com o avançar da manhã, as filas começavam a aumentar. Cada vez mais iam chegando pessoas ao aeroporto de Lisboa. Se há cerca de uma hora, o check in estava relativamente livre - quem chegava, fazia check in rapidamente para os voos da TAP - agora a situação estava um pouco diferente. Havia uma grande fila de espera para fazer check in. A fila para o balcão de informações da TAP também aumentava consideravelmente. Se, há pouco, havia entre 30 a 40 pessoas na fila, agora os números duplicavam. Havia pelo menos 80 pessoas à espera de serem atendidas. Estavam apenas dois funcionários da TAP, pelo que a fila custava a avançar.
Quem estava na fila desde as 07h00 era Gilberta e Luís Silva. Eles estão em trânsito para Ponta Delgada nos Açores, vieram de Amesterdão na sexta-feira e por poucas horas perderam o voo de ligação, acabando por ser apanhados pwla greve da Groundforce. Durante o fim de semana fizeram parte do caos que se assistiu aqui no aeroporto de Lisboa e aqui continuam a tentar um voo...para já a única hipótese é na quinta-feira.
Apesar de toda a confusão, o painel de partidas no terminal mostrava que os voos estão todos a tempo. Há apenas um voo cancelado - que estava marcado para as 11h00 - com destino a Almeria. De resto, os voos parecem estar a sair normalmente. Restava saber se quem está à espera de check in ou para despachar bagagem consegue ou não chegar a tempo de embarcar.
Às 09h00, a situação tinha acalmado. A fila para o check in foi escoando e, nesse momento, não havia propriamente tempo de espera para fazer check in para os voos da TAP. Quem chegava, dirigia-se a uma máquina self-service, fazia o checkin e depois passava para a entrega de bagagens.
Já a fila para o balcão de informações da TAP continuava a crescer. Tratava-se de passageiros afetados pela greve do fim de semana. A maior parte já tem novo voo mas iam surgindo outros problemas. Ou têm marcação para daqui a 3 ou 4 dias e querem tentar antecipar. Ou tentam pedir reembolso do voo porque já decidiram que não vão seguir viagem. Havia também quem tivesse perdido as malas, e estivesse há vários dias apenas com a roupa que trazia no corpo. Há também o caso de uma passageira que devia ter chegado a Cancun no México no sábado mas como não chegou, perdeu a reserva do hotel. E, sem hotel e morada certa onde ficar, o México não aceita a entrada da passageira. Cada caso, é um caso... e as mais de 80 pessoas que ali estavam aguardavam para exporem a situação aos funcionários da TAP que estão a atender no aeroporto.
Enquanto estes passageiros aguardavam, uma pessoa da TAP ia chamando por destinos, o que ia ajudando a escoar algum movimento.
Entretanto, outra fila que se começava a formar era a fila para os testes à Covid-19. Havia cerca de uma dezena de pessoas à espera porque os testes que tinham já perderam a validade.
A nível de voos, a operação do dia vai avançando. O painel de partidas do terminal 1 mostra todos os voos previstos. Não há atrasos e apenas um voo cancelado.