"É difícil não nos emocionarmos." Famílias de Vila Real de Santo António já não vão ser despejadas

Pedro Nuno Santos deslocou-se à cidade algarvia e considerou que os moradores que ganharam um novo lar "são um exemplo de como nos devemos comportar na vida".

Com a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência, 70 famílias de Vila Real de Santo António, que estavam em risco de despejo, viram, esta terça-feira, a sua situação ficar regularizada.

O processo começou em 2021, quando os moradores de três prédios de habitação começaram a receber cartas para comprarem as casas onde moravam, porque, caso contrário, cessava de imediato o contrato de aluguer.

O ministro das Infraestruturas e Habitação quis estar presente num processo com um final feliz. Pedro Nuno Santos considerou que a cerimónia foi um momento em que valeu a pena ser ministro.

José Vicente subiu ao palco e foi a voz dos moradores que ganharam um novo lar. "O nosso senhorio, representado por um fundo mobiliário, agiu de má fé", afirmou, acrescentando que "fez de tudo" para afastar as famílias, que não se livraram de "muitas noites mal dormidas" durante o processo.

Com a ajuda da câmara de Vila Real de Santo António, o processo foi parado e as casas foram, depois, adquiridas pela autarquia através do programa Primeiro Direito, num valor a rondar os 10 milhões de euros. Agora, as habitações têm rendas a custos controlados.

O autarca algarvio, Álvaro Araújo, era o rosto do contentamento na cerimónia. "A partir de hoje, estas 70 famílias vão, certamente, sentir que o Natal entrou no aconchego das suas casas", garantiu.

Pedro Nuno Santos considerou que a luta dos moradores deveria servir de exemplo a todos os portugueses. "São um exemplo de como nos devemos comportar na vida, a lutar por aquilo que é nosso e por aquilo que é a nossa comunidade, em conjunto, porque sozinhos nós não somos nada", afirmou.

Os moradores quiseram tirar fotografias, no final da cerimónia, com o ministro Infraestruturas e Habitação, que acabou por se emocionar, um reflexo que, na sua opinião, foi normal, "a não ser que não tenhamos uma réstia de empatia pelo outro".

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