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A Ordem dos Enfermeiros (OE) e a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar lamentam a crescente falta de enfermeiros nos cuidados de saúde primários, agravada pelo alto número de enfermeiros dos centros de saúde e Unidades de Saúde Familiar que estão agora nos centros de vacinação contra a Covid-19.
A bastonária da OE alerta que estão a ficar para trás a "promoção da saúde, a prevenção, os rastreios e a gestão da doença crónica das pessoas", estas últimas - como a diabetes, a hipertensão arterial e algumas doenças respiratórias e mentais - com "peso crescente" em Portugal, de acordo com um relatório da OCDE de 2019, citado por Ana Rita Cavaco.
"Era essencial dotarmos os centros de saúde de enfermeiros que estão agora a entrar no mercado de trabalho", defende a bastonária, que diz serem cerca de 3000 os profissionais prontos a integrar as equipas. No final do mês passado, a OE pediu uma reunião com o Ministério da Saúde para reforçar o número de enfermeiros nos cuidados de saúde primários.

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Também a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar sublinha a falta de enfermeiros, ainda mais notada durante o atual período de férias. "A grande maioria dos profissionais dos centros de vacinação são das unidades funcionais", nomeadamente enfermeiros e médicos de família, e "por isso há uma diminuição na resposta ao cidadão".
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Além de não estarem a ser substituídos, estes profissionais ficam também com "sobrecarga de trabalho", nota Diogo Urjais, uma vez que os centros de vacinação trabalham de segunda a domingo, e "muitos deles sem as folgas necessárias porque durante a semana não as conseguem usar".
"Isto tem-se feito com o esforço e resiliência" dos profissionais, assinala o responsável, "e por isso é que, apesar de tudo, o processo de vacinação tem um balanço bastante positivo".
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