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Isaltino Morais confirmou, esta terça-feira, as buscas da Polícia Judiciária (PJ) na Câmara Municipal de Oeiras, tendo sido "prestado todo o apoio necessário ao bom andamento das mesmas".
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"Sobre eventuais relações minhas com apoios a candidatos do PSD, apenas posso afirmar que só podemos estar perante uma fabulação. Estamos em 2022, não sou militante do PSD desde 2005", referiu o autarca de Oeiras em comunicado enviado à TSF.
Na mesma nota, Isaltino remete para um comunicado de 2018, garantindo que as buscas que estão agora em curso na autarquia têm a ver com um caso que aconteceu quando não era presidente. Em causa, o projeto Porto Cruz, "cuja aprovação data de 15 de abril de 2014" e que teve "a sua primeira deliberação camarária no dia 11 de maio de 2004, momento em que se aprovaram os termos de referência do projeto".
"A única deliberação camarária neste âmbito, decidida em período no qual o atual presidente exercia funções no Município, data de 13 de janeiro de 2010, relativa à "proposta remetida pela Silcoge de celebração de contrato de execução do Plano de Pormenor do empreendimento denominado Porto Cruz - Margem Direita da Foz do Rio Jamor". Como sempre acontece, foi prestado todo o apoio às autoridades", dizia na altura Isaltino Morais.

Reprodução de comunicado de Isaltino Morais a propósito de buscas na autarquia de Oeiras, em 2018
© DR
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Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, e Rodrigo Gonçalves, membro da comissão política nacional do PSD, estão, esta terça-feira, a ser alvo de buscas pela PJ por suspeitas de crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação.
A notícia foi avançada esta manhã pela CNN Portugal. Em comunicado, a PJ afirmou que a operação em curso e as buscas visam "a recolha de elementos indiciários de diversa natureza, tendentes ao esclarecimento dos factos objeto de inquérito titulado pelo DIAP Regional de Lisboa - 1.ª Secção, relacionados com contratação de prestação de serviços, contratação de recursos humanos e adjudicações suspeitas".
"Está em causa uma investigação em que se visa apurar a eventual prática de crimes de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, de participação económica em negócio e de prevaricação", pode ler-se na nota.
A operação envolve inspetores e peritos contabilísticos da PJ. Entre as buscas que estão a ser realizadas contam-se, segundo a PJ, quinze domiciliárias e não domiciliárias, designadamente, duas Câmaras Municipais, uma Junta de Freguesia, treze empresas e nove residências, todas situadas na área Metropolitana de Lisboa.