Falhas em refeições no Santa Maria? "Doentes permanecem demasiado tempo na urgência"

Denúncias feitas à TVI dão conta de que a alimentação não está a chegar a tempo e horas a todos os doentes internados no Hospital de Santa Maria. Manuel Pizarro considera que o problema só deixará de existir quando não houver muitos doentes durante demasiado tempo nos serviços de urgência.

O ministro da Saúde diz que o problema verificado no Hospital de Santa Maria só se coloca porque os doentes permanecem muito tempo no serviço de urgência. É assim que Manuel Pizarro responde à denúncia feita, na terça-feira, à TVI por familiares de alguns doentes que estão neste serviço do principal hospital de Lisboa.

Os relatos dão conta de que a alimentação não está a chegar a tempo e horas a todos os doentes internados. Em alguns casos, o almoço terá sido servido às 17h00.

O ministro diz que o problema é estrutural e só deixará de existir quando não houver muitos doentes durante demasiado tempo nos serviços de urgência.

"Há um incómodo, que eu lamento, de as pessoas terem sido alimentadas fora da hora normal da refeição. Isso resulta de um problema de base. Temos demasiados doentes demasiado tempo na urgência", defende Pizarro, em declarações aos jornalistas.

O governante considera que, "num serviço de urgência, é difícil pedir aos profissionais que tratem o tema da alimentação como o tema da prioridade dos doentes que ali estão".

"Se os doentes estão em risco de vida, é evidente que essa é a prioridade dos profissionais. Isso explica que num caso ou outro a alimentação possa ter sido indesejavelmente adiada para fora do período normal. O que temos de fazer é resolver o problema dos doentes não permanecerem tanto tempo na urgência. O problema da alimentação na urgência só se coloca porque os doentes permanecem demasiado tempo na urgência e nós estamos a tomar medidas para, a montante, intervir para reduzir o tempo de permanência das pessoas na urgência", sublinha.

Em comunicado enviado à TSF, o Hospital de Santa Maria garante que não há qualquer problema de falta de alimentos ou de alimentação para os doentes. O que está a ser averiguado é que, devido à grande afluência de pessoas à urgência, terá havido "constrangimentos pontuais" no fornecimento de refeições. O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte reconhece que os utentes internados têm direito a refeições a tempo e horas, estando, por isso, a tentar perceber o que aconteceu "para que não se repita".

Recomendadas

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de