Graça Freitas anuncia casa aberta para crianças sem primeira dose da vacina

A diretora-geral da Saúde explica que as crianças que ainda não foram vacinadas podem dirigir-se até às 13h00 a um centro de vacinação durante o fim de semana.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou, em declarações à CNN Portugal, que as crianças entre os 5 e os 11 anos que ainda não tenham tomado nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 poderão receber a vacina em regime de casa aberta no fim de semana.

Para isso, as crianças, acompanhadas pelos pais, deverão dirigir-se aos centros de vacinação até às 13h00 de sábado e domingo. "Aceitamos o autoagendamento das crianças que façam a primeira dose", garante também Graça Freitas.

"Neste fim de semana, o nosso objetivo principal é completar a vacinação das crianças que foram as primeiras a serem vacinadas no início de dezembro", esclarece a diretora-geral da Saúde.

Questionada sobre a não vacinação de muitas crianças, Graça Freitas explica que a "decisão é dos pais" e tem de se "respeitar isso". No entanto, "era muito importante que as pessoas percebessem que uma recomendação de vacinação universal é baseada numa série de critérios muito ponderados a nível mundial, europeu e nacional", visto que as agências, como a Agência Europeia do Medicamento (EMA), "licenciam todos os medicamentos que tomamos ao longo da vida, portanto são agências altamente credíveis".

Relativamente ao momento atual da pandemia, Graça Freitas admite que "tudo indica que estamos numa fase de transição", ainda que seja cautelosa.

"Tem-se dito muito que esta doença vai passar a ser endémica. Uma doença endémica, quer dizer habitualmente três situações. Uma é que ela se torna estável, tem um padrão de estabilidade e isso torna-a previsível e muitas vezes com os vírus respiratórios ela tem um caráter sazonal. Este vírus ainda nos deixa com muitas incógnitas. Nós podemos evoluir para uma situação em que a doença se torna endémica, mas isso não quer dizer que ela se vai tornar de baixa endemicidade. Há doenças endémicas, como a tuberculose, a malária, a SIDA, que são endémicas mas que têm uma elevada prevalência e impacto na vida das pessoas. E mesmo que ela se torne endémica, ela vai continuar manifestações por surtos ou epidemias sazonais ou não", revela a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas diz que Portugal "provavelmente" já ultrapassou o pico de infeções, mas apresenta algumas reservas: "Tudo aparenta que sim, mas temos de ser cautelosos."

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