Greve da Função Pública. Escolas fechadas e hospitais em "serviços mínimos"

No Hospital de São José, em Lisboa, a urgência está a funcionar com serviços mínimos.

A maioria dos hospitais dos grandes centros urbanos estiveram apenas a assegurar os serviços mínimos no turno da noite, um cenário que Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, prevê que se mantenha durante o resto do dia.

"Durante a manhã está a continuar-se a greve e está-se a demonstrar que as reivindicações de aumento dos salários, valorização das carreiras, fim da precariedade na administração pública e de melhores serviços públicos são justas e oportunas. Estamos a realizar piquetes por todo o país, durante a manhã teremos dados mais concretos. Até agora estão a ser assegurados os serviços mínimos às populações", explicou Sebastião Santana aos jornalistas.

Um cenário que se repete também no Hospital de São José, em Lisboa, onde a urgência está a funcionar com serviços mínimos, análises e consultas externas não abriram e algumas cirurgias tiveram de ser adiadas.

Além dos hospitais em serviços mínimos também há escolas fechadas por todo o país.

"Grande parte das escolas no Porto estão encerradas já e acredito que à hora de almoço ainda sejam mais a encerrar. Estão praticamente a falar só em sedes de agrupamento, mas não é verdade porque grande parte das escolas do 1.º ciclo também não tiveram condições de abrir, tal como grandes centros escolares. Na zona Norte tenho tido mais informações em relação ao distrito do Porto e há, em vários serviços, com constrangimentos. Sei que nos serviços prisionais também existem já bastantes restrições neste momento", contou a sindicalista Lurdes Ribeiro.

A greve da função pública, marcada pela Frente Comum para esta sexta-feira, começou ao final da noite de quinta-feira, altura em que se registou uma grande adesão nos setores da recolha do lixo e higiene urbana.
A Frente Comum (CGTP) reivindica aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros na administração pública, mas o Governo vai fazer uma atualização salarial de 0,9%.

Na quarta-feira, realizou-se uma nova ronda negocial com a equipa do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, mas o Governo não alterou a sua proposta, estando agendada nova reunião para a próxima semana.

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (UGT) também tinha marcado uma greve para esta sexta-feira contra a desvalorização dos salários e carreiras da Administração Pública, mas desmarcou-a na semana passada, face ao cenário de dissolução da Assembleia da República.

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