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Um grupo de cidadãos de Oeiras apresentou uma petição à Assembleia Municipal, na qual quer acabar com os parquímetros instalados há cerca de um mês pela Parques Tejo, junto à zona do Parque dos Poetas. Moradores e comerciantes alegam que o estacionamento continua caótico.
André Rosa, um dos subscritores da petição com mais de 1500 assinaturas, explicou à TSF que a iniciativa é inspirada no referendo realizado pela freguesia de Benfica, há cerca de um mês, com a diferença de que em Oeiras os cidadãos estão sozinhos na luta.
"Fomos um bocadinho inspirados pelo referendo em Benfica. Eles foram instalados aqui na zona envolvente do Parque dos Poetas, numa zona sobretudo de moradores e não resolveram. Eles alegam que iam resolver o problema da falta de estacionamento que aqui há. No nosso ponto de vista, é uma captação de dinheiro aos moradores", explica André Rosa à TSF.
Ouça as declarações de André Rosa à TSF
Os moradores criticam também a disparidade de valores pagos, que variam entre 15 e 250 euros por ano.
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"Nós constatámos que houve acordos, por exemplo, com a Escola Luís de Freitas Branco em que os professores e funcionários - uma licença normal para um não morador são 250 euros ao ano - pagam 15 euros ao ano, sendo que, por exemplo, no Hospital da Luz tentaram fazer o mesmo acordo e não lhes foi possível. Nós alegamos que há aqui uma discriminação, porque foi dado um acordo a uma zona, a outra já não é e os restantes comércios e funcionários, se quiserem estacionar nesta zona tarifada, terão de pagar 250 euros ao ano e não os 15 euros. É engraçado", lamenta.
Os moradores apresentaram a petição ontem na Assembleia Municipal a pedir a suspensão dos parquímetros até haver uma decisão da câmara.
O autarca local, Isaltino Morais, respondeu ao grupo de cidadãos que os parquímetros não seriam suspensos e que, no prazo legal de 30 dias, será comunicada uma resposta: ou manter, ou acabar com o estacionamento pago na zona.
"Nas duas intervenções que o grupo de cidadãos fez na Assembleia Municipal, alertou para as dificuldades de estacionamento para moradores, que não são resolvidas com a instalação de parquímetros, estando a dar-se o caso de moradores que pagam dísticos para estacionarem em cima dos passeios", afirma o grupo de cidadãos em comunicado.