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A hepatite aguda que está a afetar crianças na Europa e que já chegou a Espanha é, para o médico Rui Tato Marinho, "motivo de preocupação", mas não há motivos para alarme. Ainda assim, em declarações à TSF, o diretor do Programa Nacional para as Hepatites Virais admite que surjam casos em Portugal desta doença de origem desconhecida de que já há registo na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos.
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"Não está identificado, vá lá, o criminoso que causou isto tudo nem sabemos se vai ficar por aqui ou se vai estender-se a outros países", explica o médico, assinalando que "não seria nada de anormal" que aparecessem casos em território nacional. Por agora, "não há razão para alarme" e, numa palavra aos pais, Rui Tato Marinho garante que a Direção-Geral da Saúde "está atenta, sabe da situação e tem sido informada" por estruturas internacionais.
Rui Tato Marinho garante que "não há razão para alarme".
Em Espanha há, para já, três casos desta doença, que está a manifestar-se em crianças abaixo dos dez anos e que captaram a atenção dos especialistas. Segundo dados veiculados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), os primeiros casos surgiram há três semanas, "à volta de 70 em sítios do Reino Unido, País de Gales, Irlanda e Escócia, em crianças de idade muito tenra", entre os dois e os cinco anos.
Médico assinala que já é possível saber que "não é hepatite A, nem B, C, D ou E".
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A causa não está identificada, mas permite saber que "não é hepatite A, nem B, C, D ou E, as cinco principais" e nalguns casos poderia evoluir "para a destruição do fígado, a chamada hepatite fulminante com necessidade de transplante".
Quanto à disseminação da doença, Rui Tato Marinho admite que "é provável que seja contagiosa porque são vários países, mais ou menos ao mesmo tempo e na mesma faixa do mundo". Para já não se sabe se se espalha, a título de exemplo "por via aérea ou por contaminação de alimentos".
"É provável que seja contagioso."
Certo é que, neste momento "há uma hepatite aguda que afeta o fígado, que o destrói nalguns casos e que pode evoluir para uma necessidade de transplante". Aos pais é recomendada atenção e calma.