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José Sócrates, à saída do Campus de Justiça, afirmou que o Ministério Público cometeu um "erro gravíssimo", chegando mesmo a acusar o MP de viciação no processo de escolha do juiz Carlos Alexandre.
"Houve uma viciação do julgamento logo no início, o juiz nunca foi imparcial nem nunca esteve à altura do cargo de juiz; em segundo lugar, todas as grandes acusações que me fizeram, o juiz demonstrou, com muito detalhe, que eram falsas. O juiz, ao dizer que não há indícios para levar o caso a julgamento na questão da Lena, PT e Vale do Lobo está a dizer que estas acusações nunca deviam ter sido feitas. O Ministério Público queria insultar-me, magoar", explicou José Sócrates.
"Bombardeado" por perguntas pelos jornalistas, o antigo governante pediu à comunicação social para fazer uma autoavaliação.

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"Nada disto teria chegado a este ponto se o jornalismo tivesse cumprido o seu dever. Era olhar para tudo o que escreveram e perguntarem-se como puderam dar publicidade a estas alegações sem factos, indícios e provas", afirmou o ex-primeiro-ministro.
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Por fim, já no parque de estacionamento e questionado sobre os crimes de branqueamento, José Sócrates sublinhou que nunca usou contas de outras pessoas e seguiu a tese de que todo o processo "teve uma motivação política".
"Eu não beneficiei, não é verdade, vou defender-me disso. Todas aquelas acusações monstruosas de proximidade a Ricardo Salgado, de corrupção na PT, no Grupo Lena e Vale do Lobo. Não há provas nem factos", disse Sócrates.

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Questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência da República, o ex-primeiro-ministro não quis partilhar as suas ambições políticas.

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