Intensa atividade sísmica em São Jorge leva pessoas a abandonarem a ilha

A vila das Velas é o local de maior risco. Nas últimas horas, muitos habitantes levados pelo medo já fizeram as malas. A TSF falou com um casal que está de saída da ilha de São Jorge.

Há quase uma semana que a terra treme na ilha de São Jorge, nos Açores. O nível de alerta vulcânico está quase no nível máximo, o que significa um risco real de erupção. A atividade sísmica está "acima do normal" e, de acordo com as previsões de chuva para esta quinta e sexta-feira, pode haver desabamentos de terras. O concelho das Velas é o de maior risco e, por isso, o Governo Regional dos Açores decretou a retirada obrigatória dos habitantes das fajãs das Velas e a proibição de acesso àquela zona.

Nas últimas horas, muitos fizeram as malas. Há quem se mude para a Calheta, outro concelho de São Jorge, mas há quem esteja a abandonar a ilha de barco ou avião.

Nas ruas da vila das Velas não se vê quase ninguém, mas o enviado especial da TSF aos Açores, Rúben de Matos, encontrou um casal que, devido ao medo causado pela intensa atividade sísmica, está de saída da ilha.

Na quinta-feira à noite, 85 utentes da Casa de Repouso João Inácio de Sousa, localizada nas Velas, em São Jorge, Açores, foram retirados e levados para a Calheta.

A Proteção Civil dos Açores ativou o Plano Regional de Emergência e os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha, Calheta e Velas, também já foram ativados.

Na memória dos açorianos, está ainda o grande tremor de terra de 1980, que atingiu a ilha de São Jorge, a Terceira e a Graciosa. O abalo de magnitude 7 na escala de Richter provocou a morte a mais de 70 pessoas.

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