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Quarenta médicos internos começaram este mês a desempenhar atividade profissional no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), no âmbito de um programa de internato médico. Segundo a unidade hospitalar, os jovens clínicos são provenientes de vários pontos do país, bem como de fora de Portugal, nomeadamente do Brasil e de Cuba.
Em declarações à TSF, Artur Canha da Silva, diretor do internado do HESE, indica que os internos estão distribuídos por dois grupos "com realidades muito diferentes": 27 internos que fazem formação geral e 13 que iniciam a formação "específica em diversas especialidades", como anestesiologia, pediatria, imuno-hemoterapia, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, cardiologia e medicina interna.
Para o primeiro grupo, Artur Canha da Silva diz que têm de ser "criadas condições para que possam fazer o estágio na cirurgia, pediatria e cuidados de saúde primários, de forma a que o número de internos que estão em simultâneo em cada estágio permita que as necessidades formativas sejam alcançadas". Já para o segundo grupo, "cada especialidade tem que criar condições de funcionamento modernas, adequadas e que vão ao encontro dos critérios da prática da especialidade, definidos pelos colégios de cada especialidade médica na Ordem dos Médicos", explica.
O jornalista David Alvito foi perceber que dificuldades teve o hospital em atrair estes 39 médicos internos para Évora
"Os internos dão uma vida diferente aos serviços tanto em termos da qualidade e humanidade dos serviços prestados, como em termos da capacidade dos serviços darem respostas aos utentes", afirma, sublinhando que o objetivo é conseguir um "internato com qualidade, moderno e que vá ao encontro dos critérios exigidos".
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A diretora clínica do HESE, Isabel Pita, adianta que a curto e médio prazo pretende-se "ter um grande hospital central de Alentejo". Esta nova unidade de saúde será construída em Évora. "É uma meta que poderá agradar a todos, é uma das condições que os internatos provavelmente colocaram na sua escolha."
"Temos à volta de 12 especialidades em que somos idóneos, e além de lhes darmos a capacidade de poderem escolher dentro destas especialidades, temos também o prazer de poder de oferecer um modo de vida que nunca tiveram, viverem numa cidade histórica, com uma grande facilidade de se deslocarem a pé para qualquer lado", assinala.
A ambição é que os internos se "encantem com a cidade, hospital e pessoas" da região, dado que "sentem a proximidade com os tutores, os diretores dos serviços que escolheram e são mais apoiados". Isabel Pita espera que, além de "fazerem o internato", "mais tarde escolham este hospital para a vida profissional".