Inundações no Porto. O possível regresso à normalidade após o temporal

No Porto, 48 horas depois, ainda há algumas marcas das fortes chuvadas de sábado, que inundaram várias ruas da baixa da cidade. Esta manhã, o comércio reabriu quase todo, mas ainda há quem seja obrigado a estar de portas fechadas por causa dos estragos deixados pelo temporal.

Esta segunda-feira, a "Porto Souvenir", na Rua das Flores, não abriu. Alguns expositores estão na rua, para ganhar espaço para limpar o interior, onde o chão ainda tem marcas de lama, algumas das caixas com pequenas lembranças ainda estão cheias de água. Nelita Gonçalves e Kumudu Keras estão de joelhos, no chão, a tentar salvar o máximo de mercadoria possível. "Isto está muito complicado, entrou água e lama na loja. Temos os armários já de tal forma dilatados, que nem consigo abrir as gavetas. Muito material perdido, estragado, ainda foi muito material levado pela corrente de água".

Na Rua Mouzinho da Silveira, que liga a Estação de São Bento à Ribeira, ainda há alguma terra no chão, mas ninguém diria que há 48 horas o paralelo levantou com a força da água e a rua esteve interdita.

Na Praça de Almeida Garrett , frente à estação de São Bento, a esplanada está montada no café Flor de S. Bento. Rui Soares conta que no sábado o mobiliário foi levado pela força da água, mas hoje o cenário é diferente. "Hoje, tirando a sujidade está tudo normal, dentro dos possíveis, mas foi um valente susto, começou a descer água e lama. Ontem algumas pessoas ainda tinham receio, mas hoje é um dia normal".

No cruzamento da Rua de Sá da bandeira com a Rua 31 de Janeiro, há mais de 40 anos que Bernando Simões tem aqui uma pequena banca e diz que não se lembra de algo semelhante. "A água levou tudo, nunca vi nada assim... Mas hoje já estou a trabalhar normalmente".

Os estragos da forte chuva que atingiu a baixa do Porto no sábado afetaram também lojas na Rua Fernandes Tomás. Nuno Rocha, proprietário da Casa Natal, diz que foi um dia para esquecer "A água literalmente a escorrer pelas paredes, a cair do teto, pela luz, tivemos estragos, prejuízos, mercadoria danificada... Estragos que agora vamos ter que reparar".

Na estação de metro de São Bento, que esteve fechada durante cerca de quatro horas devido à chuva intensa que obrigou à interrupção da circulação da Linha Amarela, apenas a escada rolante continua sem funcionar.

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