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Mais de 80% dos jogadores de raspadinhas têm rendimentos mensais abaixo dos mil euros.
A conclusão é do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) do Ministério da Saúde num estudo que tenta caracterizar um jogo social envolto nas últimas semanas em polémica depois do lançamento de uma raspadinha para apoiar o património.
O trabalho também conclui que há milhares de jogadores de raspadinhas com consumos abusivos ou mesmo patológicos.
Pelas contas do SICAD há 2,5% de jogadores abusivos de raspadinhas e 1% que jogam de forma patológica - parece pouco, mas olhando para números concretos estamos a falar, respetivamente, de 60 mil e de 24 mil portugueses.
Do total de jogadores de raspadinhas, mais de metade são mulheres (56%), a maioria entre os 35 e os 54 anos (43%) e, por norma, pessoas com habilitações escolares relativamente baixas: 38% com o 2.º ou 3.º ciclo, 21% com o 1.º ciclo e 28% com o ensino secundário.
Raspar para tentar ganhar é um hábito bem menos comum entre pessoas com habilitações superiores e rendimentos mais elevados.
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Por outro lado, um terço dos jogadores tem um rendimento mensal inferior a 500 euros e metade ganha entre 500 e 1.000 euros.
Depois do Euromilhões (36,2%), as raspadinhas são hoje o segundo jogo mais popular no país, sendo jogado por 30,7% dos portugueses.