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Neste ano volta a não haver arraiais de Santo António em Lisboa. A autarquia anunciou a proibição dos arraiais na cidade.
Esta é a decisão que faltava depois de, em maio, a Câmara de Lisboa ter anunciado que este ano não haveria marchas populares nem casamentos de Santo António. Fernando Medina, presidente do município, apelou para que os cidadãos compreendam a situação e evitem aglomerações.
"Infelizmente, este ano não vamos poder ter arraiais, não vamos poder ter as comemorações do Santo António com arraiais, dada a situação que vivemos", disse Fernando Medina (PS), acrescentando: "É a decisão sensata, é a decisão avisada nesta fase da pandemia em que são precisos ainda cuidados, são precisos alertas", explicou Fernando Medina.
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Em declarações à agência Lusa, o autarca de Lisboa indicou que, tal como no ano passado, os arraiais "não vão ser licenciadas nem pela Câmara nem por Juntas de Freguesia e, por isso, a fiscalização cabe às autoridades, quer à Polícia Municipal, quer à Polícia de Segurança Pública (PSP)".
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"Infelizmente, já antecipávamos este cenário, por isso já tínhamos anunciado que não iríamos ter as marchas este ano e que os festejos não se iriam realizar, isso é óbvio. Isto agora estende-se a toda a noite de Santo António, na noite do dia 12 [de junho], os arraiais tão típicos desta altura não vão acontecer e, por isso, teremos que, infelizmente, aguardar mais um ano para podermos de novo celebrar o Santo António com a alegria que a cidade gosta de o fazer", declarou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Ao contrário do ano passado, em que o país estava em estado de emergência, a restauração vai estar aberta, aplicando-se as regras menos restritivas do estado de calamidade, o que deverá significar que os cafés e restaurantes poderão estar abertos até às 22h30, com um máximo de seis pessoas por mesa no interior e de dez por mesa nas esplanadas.
No Porto, Rui Moreira, presidente da Câmara, assegurou na segunda-feira que haverá festejos contidos, em três locais da cidade, devidamente autorizados. Será uma espécie de mini-feiras populares, e poderá mesmo não haver restrições à circulação na cidade.
Na segunda-feira, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa, Luís Pisco, já tinha referido que era "demasiado cedo para começar a cantar vitória", e tinha dito, em declarações à TSF, que a Câmara de Lisboa iria esclarecer a população de que não haveria festejos dos Santos Populares.

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