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O futuro presidente da TAP, Luís Rodrigues, avançou esta quinta-feira que "ainda está por definir" a data para a entrada em funções na companhia aérea, revelando que vai abandonar a liderança da SATA a 3 de abril.
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"Quando termino aqui [na SATA], em princípio, será no dia 3 de abril. Quando começo do lado de lá está por definir ainda", afirmou, quando questionado sobre a sua entrada em funções na TAP.
Luís Rodrigues falava esta quinta-feira em Ponta Delgada, São Miguel, Açores, acompanhado pelo secretário das Finanças do Governo dos Açores, numa conferência de imprensa que serviu para anunciar a abertura do concurso para a privatização da Azores Airlines (que pertence ao grupo SATA).
A 9 de março, o ministro das Infraestruturas disse que o Governo quer que a ainda presidente executiva da TAP cesse funções "o mais rapidamente possível", observando que estaria por decidir quem fica ao comando até à chegada de Luís Rodrigues, o novo CEO, em abril.
No mesmo dia, uma comunicação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi indicado que o presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, continuam em funções, e não conhecem os prazos previstos para a destituição.
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Na sequência do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o processo de rescisão da TAP com Alexandra Reis, que apontou falhas graves, o Governo decidiu demitir o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja, e a presidente executiva (CEO), Christine Ourmières-Widener.
O Governo escolheu Luís Rodrigues para substituir Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, acumulando os dois cargos.
Esta quinta-feira, instado pelos jornalistas, Luís Rodrigues rejeitou falar sobre o futuro da TAP e sobre a saída da ainda CEO da companhia aérea: "Não tenho nenhum comentário a fazer".
Sobre o futuro relacionamento entre a TAP e a SATA, o gestor defendeu que as transportadoras têm de saber "onde concorrer e onde cooperar".
"Defendi [no passado] que a TAP e a SATA como empresas nacionais têm de saber onde concorrer e onde cooperar. É isso que temos feito nos últimos três anos e tenho a certeza que é isso que vamos continuar a fazer", realçou.
Luís Rodrigues reconheceu ainda que a sua saída da SATA para a TAP "não estava prevista", mas revelou que abandona a companhia açoriana de "consciência perfeitamente tranquila".
"Acho que o futuro da SATA está a caminho de estar assegurado, assim o processo de privatização corra bem -- e vai correr. As pedras essenciais estão lançadas, os procedimentos estão feitos, o júri está nomeado. Agora é só acolher as propostas dos interessados que vão existir", reforçou.
A TAP encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, informou a transportadora aérea, em comunicado na terça-feira.