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Martins da Cruz, diplomata e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, explica que os três dias de luto em Portugal pela morte de Isabel II é, acima de tudo, "um gesto simbólico", que não interfere na vida pública nacional.
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Marcelo justifica três dias de luto pela morte de Isabel II com História de Portugal e protocolos
Em declarações à TSF, Martins da Cruz lembra que Portugal e Inglaterra têm uma aliança de 650 anos que justificam o luto decretado pela morte da rainha que vigora até terça-feira, dia 20. Trata-se de um "gesto simbólico" e de "uma homenagem" ao chefe de Estado do nosso "mais velho aliado", destaca, alinhando com as declarações do Presidente da República feitas este domingo em Londres.
Luto nacional de três dias? Martins da Cruz fala de um gesto "simbólico".
Sobre a cerimónia que está a decorrer em Londres, Martins da Cruz destaca a presença "significativa e muito importante" de líderes de mundiais de todo o mundo, uma imagem que reflete a importância do Reino Unido na geopolítica internacional. "Significa a teia de interesses e a rede diplomática e de relações que o Reino Unido tem com todo o mundo", assinala.
O antigo governante realça ainda que tal acontece apesar do Brexit. "A saída do Reino Unido da União Europeia não significa, de maneira nenhuma, que o Reino Unido tenha perdido importância política e as relações que soube estabelecer com todos os países".
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Reino Unido mantém "teia de interesses" e "rede diplomática" com todo o mundo.
Marcelo justificou este domingo os três dias de luto nacional pela rainha Isabel II com o "protocolo nas relações entre Estados" e a importância da monarca na história de Portugal.
"Há um certo protocolo nas relações entre Estados e tinha havido um luto, por exemplo, pela morte do imperador do Japão de três dias" ou por "vários chefes de Estado importantes, mas não tão importantes em termos de História de Portugal", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em Londres.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo a Londres para estar presente no funeral de Estado de Isabel II, que se realiza esta segunda-feira e reúne mais de 2.000 convidados, entre chefes de Estado e de Governo, membros de famílias reais e outras personalidades.