Médicos esperam proposta concreta da ministra da Saúde

Jorge Roque da Cunha diz que as vagas não são uma "solução estruturante" para resolver a falta de profissionais nos serviços de ginecologia e obstetrícia.

O Sindicato Independente dos Médicos está aberto ao diálogo no encontro marcado para esta quinta-feira com a ministra da saúde, mas vê poucas esperanças na criação da comissão que vai acompanhar a resposta das urgências dos serviços de ginecologia e obstetrícia. "Queremos que exista planeamento e capacidade de organização para dar resposta a problemas que já estão identificados", sublinha. "Quando não se quer resolver um problema, cria-se uma comissão", resume Roque da Cunha.

Sobre o anúncio da abertura de 1600 vagas para a colocação de médicos recém-especialistas no Serviço Nacional de Saúde, o sindicalista recorda que, na prática, o concurso é dirigido a médicos que já trabalham no SNS. São "internos do último ano que fazem parte das escalas, que já fazem cirurgias, que já fazem consultas. Nos últimos concursos, dada a incapacidade do Ministério de Saúde de atrair profissionais, muitas vagas têm ficado por preencher". Nas palavras do presidente do Sindicato Independente dos Médicos esta não é, por isso, uma "solução estruturante".

O Sindicato Independente dos Médicos congratula o facto de os alertas das últimas semanas terem sido ouvidos. "Estamos há vários anos a aguardar reuniões onda se possa discutir concretamente várias matérias. Vamos com toda a abertura e disponibilidade para colaborar. Finalmente os alertas que temos vindo a fazer nos últimos tempos terão tido algum impacto. Não temos dúvidas de que se não fosse o clamor público dificilmente teríamos chegado onde agora chegámos", conclui o médico.

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