Perda de mandato em Setúbal? Deputada não acredita em "atuação dolosa" da autarquia

No programa O Princípio da Incerteza, da TSF e da CNN Portugal, a deputada Alexandra Leitão defendeu que, como "do ponto de vista político" a autarquia setubalense, presidida pela CDU, não tem maioria na Câmara "tudo pode vir a acontecer".

Desde que, no passado mês de abril, se tornou público que a receção de cidadãos ucranianos na autarquia comunista de Setúbal era feita por russos a favor da ação de Putin, as reações multiplicaram-se.

Este domingo, a deputada do PS, Alexandra Leitão, disse, em declarações à TSF e à CNN, durante o programa O Princípio da Incerteza, que "houve insensibilidade, impreparação e incompetência da Câmara Municipal de Setúbal" e, por isso, espera que tudo seja "escalpelizado até ao fim e pode ser, eventualmente, motivo para perda de mandato".

"Do ponto de vista político [a autarquia setubalense, presidida pela CDU], não tem maioria na Câmara e, por isso, tudo pode vir a acontecer", completa.

Contudo, Alexandra Leitão refere que "até prova em contrário", espera, e não imagina "que tenha havido uma atuação dolosa no sentido de passar informações para o Kremlin".

A deputada fundamenta a decisão porque, "entre a impreparação, a insensibilidade, a incompetência e o cometimento de ilegalidades a este título" e a atuação dolosa e "por ser uma Câmara, no caso da CDU, eu não fiz esse passo e, até informações que me convençam, não o faço", conclui.

A base das declarações surgem após uma notícia do Expresso, que revela que cidadãos ucranianos estão a ser recebidos por russos pró-Putin no gabinete de apoio aos refugiados da autarquia comunista.

O Governo ordenou, entretanto, uma investigação ao município de Setúbal pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e uma sindicância a realizar pela Inspeção-Geral de Finanças, face às denúncias de alegadas irregularidades no acolhimento de refugiados ucranianos.

Esta semana, a Câmara de Setúbal anunciou que tinha sido oficialmente informada do início das diligências para apurar eventuais falhas na receção de refugiados ucranianos, tendo o presidente da autarquia apelado, na sessão pública de câmara, a que se evite falar do assunto publicamente.

OUÇA O PROGRAMA NA ÍNTEGRA

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