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Laurinda Alves, vereadora dos direitos humanos da Câmara Municipal de Lisboa (CML) diz que "não percebe" as mais recentes exigências do Bloco de Esquerda (BE) sobre o fecho de centros de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo.
"Se as pessoas do Bloco de Esquerda acham que nós podemos fingir que acolhemos pessoas em situação de sem-abrigo em sítios indignos e desumanos, a mim causa-me uma repugnância enorme", afirma à TSF.
A vereadora da CML respondeu às mais recentes acusações do BE, que queria uma "reabertura imediata" dos centros, fechados por falta de "condições dignas", como explicou o presidente Carlos Moedas. Segundo a autarquia, as pessoas do partido ou "não sabem o que se passa ou não sabem do que estão a falar".

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"A situação era particularmente crítica", explica Laurinda Alves. O novo executivo camarário assegura que a vida dos sem-abrigo é "muito melhor" agora que se mudaram dos centros de acolhimento a sem-abrigo fechados devido à falta de condições nas instalações.
Na Pousada da Juventude do Parque das Nações, onde estavam 19 pessoas, existiam "pragas e as desinfestações não eram suficientes", enumera a vereadora. Por consequência, os sem-abrigo "não tinham condições físicas, humanas e dignas".
Na Casa dos Direitos Sociais, em Marvila, onde ainda estão hospedados dois, a situação não é muito melhor, mas Laurinda Alves assume que já estão em fase de realojamento e garante que "a Câmara não fecha portas a nenhum sem-abrigo". Quem precisar será distribuído entre alojamentos da Segurança Social, lares de idosos, quartos da Santa Casa, apartamentos partilhados e a maioria para o quartel de Santa Bárbara, em Lisboa.
No quartel de Santa Bárbara, em Arroios, estão hospedadas 75 pessoas e pode acolher até 128. Laurinda Alves promete que "será por seis meses e em condições dignas". Este centro de acolhimento de emergência a sem-abrigo foi criado pelo antigo executivo camarário.