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As mulheres estão a ser mais afetadas pela pandemia da Covid-19, tanto no trabalho fora de casa como dentro dela.
A primeira vaga da doença levou a grandes perdas de emprego tanto para mulheres como para homens, mas a recuperação de trabalho foi mais fácil para eles do que para elas.
Isto porque os setores que registam os números mais altos de desemprego são aqueles em que trabalham mais mulheres, como alojamento, limpezas, lares de idosos.
São conclusões preliminares de um estudo do Instituto Europeu para a Igualdade de Género, apresentado esta manhã no seminário internacional a "Igualdade de género como fator de recuperação", organizado pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que fará o discurso de abertura deste seminário explica em declarações à TSF que o estudo analisa as várias formas de impacto da pandemia na vida das portuguesas.
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As mulheres já tinham "maior peso nas tarefas em casa" e no apoio a crianças e idosos, e durante a pandemia "voltam a ver crescer a sua parte de trabalho doméstico", destaca.
O estudo aponta ainda medidas específicas para colmatar as desigualdades entre homens e mulheres, por exemplo, na área das qualificações: "Num mundo onde o trabalho digital é cada ver maior, e com uma transformação abrupta ao longo deste ano", torna-se também premente "capacitar as mulheres nestas áreas".
"Se temos áreas em que apenas 20% são mulheres, como e algumas áreas tecnológicas, estamos a ditar uma desigualdade no futuro em termos de acessos a determinados tipos de trabalho ou lugares de decisão nessas áreas. Se o futuro será mais nessas áreas, temos de corrigir desde já essas desigualdades", alerta a ministra Mariana Vieira da Silva.
A apresentação da versão final do um estudo do Instituto Europeu para a Igualdade de Género sobre o impacto socioeconómicos da pandemia na vida das mulheres portuguesas está agendada para junho.
