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Ana Rita Cavaco sublinha que "infelizmente há muitos enfermeiros a manifestarem a intenção de emigrar, mas não para o Reino Unido. Houve uma verdadeira caça aos enfermeiros portugueses por parte de outros países da Europa, que começaram a oferecer opimas condições salariais, mas também, por exemplo, o pagamento da formação na especialidade, que é uma coisa que não acontece em Portugal".
A bastonária afirma que a "Alemanha, por exemplo, está a oferecer salários muito atrativos, casa, cursos de línguas e perspetivas de evolução na carreira, o que também não há em Portugal".
Ana Rita Cavavo diz que a Alemanha tem um programa de incentivos para enfermeiros estrangeiros.
O Reino Unido foi um dos principais destinos para a emigração dos enfermeiros portugueses, mas nesta altura "já não é apetecível". Ana Rita Cavaco adianta que tem recebido relatos de desconforto.
"Começou a sentir-se um clima diferente para com os estrangeiros. Houve até hospitais no Reino Unido que fizeram comunicações internas dizendo que quem tratasse mal, com atitudes de xenofobia e racismo, profissionais de saúde de outras nacionalidades, seria alvo de um processo disciplinar e as sanções seriam pesadas", afirma.
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Bastonária revela que há um "clima diferente" para com enfermeiros estrangeiros.
A bastonária adianta que a tendência da emigração para Londres não foi decrescente por causa da pandemia, mas sim por causa das regras associadas ao Brexit. Muitos enfermeiros portugueses que estavam no Reino Unido já saíram para, por exemplo, a Arábia Saudita e Dubai".
No ano passado 1230 enfermeiros pediram à Ordem a declaração obrigatória para exercerem a profissão fora de Portugal.