Peritos defendem manutenção da matriz de risco das "linhas vermelhas"

Neste momento, estamos a criar uma ponte do passado para o futuro, diz a especialista Andreia Leite. Esta é uma fase de transição em que ainda faz sentido continuar a olhar para a incidência, até ser atingida uma fase de supressão do vírus através da vacinação. Também é possível desta forma identificar momentos de inflexão aquando da mudança das restrições.

O grupo de peritos que aconselha o Governo sobre a epidemia da Covid-19 defendeu esta sexta-feira que deve manter-se a matriz de risco das "linhas vermelhas" de avaliação da incidência acumulada de casos e de índice de transmissibilidade (Rt).

"O grupo de peritos propõe manter a atual matriz de risco", afirmou a especialista Andreia Leite, da Escola de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, na reunião periódica de análise da situação epidemiológica do país, que junta no Infarmed, em Lisboa, especialistas, membros do Governo e o Presidente da República, sustentando que a incidência de casos de contágio é o indicador mais sensível para a progressão da pandemia.

Indicou que a incidência "traduz menor probabilidade de transmissão e menor probabilidade de aparecimento de variantes" e é "o indicador precoce que permite atuar adequadamente e atempadamente.

Falando em nome de uma equipa que inclui investigadores de várias instituições, defendeu ainda que se deve "adicionar a monitorização da efetividade das vacinas" aos indicadores a ter em conta.

"A vacinação deverá contribuir para manter valores controlados de infeção, logo não se justifica [a modificação da matriz de risco]", considera a equipa.

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