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Paulo Ferreira é autor de "Hope", o filme que, ao longo de dois minutos e 50 segundos, retrata Portugal confinado. Já valeu pelo menos quatro prémios em festivais internacionais.
Amante da natureza, por influência dos avós maternos, Paulo Ferreira ganhou gosto pela fotografia em pequeno, quando, à socapa, usava a máquina do pai. Formado em engenharia informática, foi fazendo das suas paixões hobbies.
"A ligação à natureza acabou por me atrair e querer mostrar que, de facto, existem alterações climáticas, no nosso planeta, que eu gosto de chamar a nossa única casa, e com que nós, Humanidade, nos deveríamos preocupar. Daí os meus trabalhos rodarem em torno desse tema."
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Em 2015, Paulo Ferreira realizou o primeiro trabalho fora do país. Foi nos picos da Europa, em Espanha, e valeu-lhe o primeiro prémio num festival de cinema de Madrid. Com a ajuda de um financiamento coletivo, Paulo Ferreira foi depois à Noruega captar imagens de auroras boreais.
"Patrocinadores e empresas ligados a esta área começaram a contactar-me, a pedir-me mais trabalhos."
A coleção de prémios começou a aumentar. Hollywood reconheceu a qualidade do trabalho de Paulo Ferreira num festival de cinema independente. Sem grandes equipas, nem grandes orçamentos.
Islândia, Nova Zelândia e Chile são alguns dos destinos por onde Paulo Ferreira já passou e nos quais acumulou imagens e memórias. Na Patagónia, viu o que ouvia, sem efeitos especiais. "Vi um bloco de gelo, com cerca de 30 metros, cair à minha frente, no preciso momento em que estava a fotografar. É assustador presenciar uma coisa dessas."
A Covid-19 obrigou Paulo Ferreira a adiar, no ano passado, a viagem ao Alasca. Enquanto a pandemia o prende a Portugal, estuda uma sequência do filme Hope.