Prometido há um ano. Não há um único botão de pânico nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa

O botão de pânico das instalações do SEF, no aeroporto de Lisboa, ainda não saiu do papel, apesar de estar prometido há um ano.

Um ano depois, ainda não foi instalado qualquer botão de pânico nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa.

A medida foi anunciada no início de dezembro de 2020, quando o então ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, assinou o novo regulamento do Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT), na sequência da morte de Ihor Homeniuk.

Uma medida que tinha como objetivo evitar situações de abuso e proteger os cidadãos estrangeiros que cheguem a Portugal sem documentos e ficam retidos no aeroporto à guarda das forças de segurança. Em resposta enviada à TSF, o SEF justifica este atraso com a pandemia e os procedimentos obrigatórios neste tipo de contratos.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras esclarece que "contratou uma empresa prestadora de serviços de consultoria, projetos de engenharia civil e gestão de empreendimentos para realizar a intervenção no EECIT do aeroporto de Lisboa".

Projetos de diversas especialidades, que incluem arquitetura, construção civil, instalações elétricas, climatização, segurança contra incêndio, videovigilância, Sistema de Deteção de Intrusão e Roubo (SADIR) e Sistema de Chamada de Emergência e que têm como objetivo adaptar os quartos do Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária às novas normas. Medidas adotadas na sequência da intervenção realizada em 2020, quando Eduardo Cabrita mandou encerrar e remodelar estes quartos.

Acrescenta o SEF que "a implementação do SCE - Sistema de Chamada de Emergência - o denominado botão de pânico, faz parte dos projetos encomendados e está prevista a sua instalação nesta intervenção. Mas a empresa contratada, após várias revisões e correções aos projetos apresentados, só entregou em novembro as versões finais dos projetos, que tiveram que ser enviados à concessionária do aeroporto, para análise e pronúncia, estando o SEF a aguardar, assim, a resposta para, posteriormente, lançar os procedimentos de contratação e avançar para a execução".

O SEF diz ainda que a pandemia impediu o normal cumprimento dos prazos estipulados, e acrescenta que estes processos de contratação exigem diferentes procedimentos legais. De acordo com o novo regulamento do Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária, os botões de pânico serão instalados nos 18 quartos individuais (até aqui os alojamentos eram camaratas), e, sempre que acionados, é obrigatório o registo da hora e o motivo, assim como dar conhecimento ao coordenador do espaço.

A TSF pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna, mas fonte do gabinete de Francisca Van Dunem remete o tema para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

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