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Depois de o Governo ter admitido que a península de Setúbal tem de sair da Área Metropolitana de Lisboa para receber mais fundos comunitários, uma proposta contestada pelos autarcas da região, o PSD avança esta tarde, no Parlamento, com um debate de urgência sobre o tema: "Correção de uma injustiça no acesso aos fundos europeus".
O deputado social-democrata Nuno Carvalho desafia o executivo a alinhar com a opinião de todos os partidos e a garantir que a região de Setúbal não sai prejudicada na distribuição de fundos europeus.
"Eu diria que é uma questão não respondida de uma forma clara por parte da ministra e, pretendemos uma resposta clara de que o Governo pretende constituir uma NUT III para a Península de Setúbal e daí adiante fazer um caminho que permita que a região consiga ter acessos a fundos comunitários condizentes com o seu PIB per capita. Naturalmente, estando inserida na Área Metropolitana de Lisboa com outros concelhos cujo PIB per capita é muito maior, o PIB per capita desses concelhos puxa a média para cima e faz com que a Península de Setúbal fique prejudicada", sustenta.
Nuno Carvalho exige uma resposta clara e questiona a razão do atraso na adoção de um plano específico para a região, apesar das promessas feitas pelo Governo.
No mesmo plano, o diretor executivo da AISET, Associação Industrial da Península de Setúbal, contesta a intenção do governo em retirar a região de Setúbal da Área metropolitana de Lisboa. Nuno Maia acusa o executivo de usar falsos argumentos.
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O director executivo da AISET espera que o governo seja sensível ao problema e que decida rapidamente, porque já se perdeu muito tempo e dinheiro.
"É preciso compreender porque é que, até ao momento, nunca existiu um plano dedicado para a Península de Setúbal. O normal era que houvesse uma NUT III que abra caminho para esse tratamento diferenciado, mas havia vários instrumentos que o Governo sempre dispôs ao seu alcance para que os fundos comunitários pudessem fortalecer o investimento público e privado na região e esses instrumentos praticamente não foram utilizados", defende.
O Governo responde, esta tarde, no debate de urgência solicitado pelo PSD.