Quase 3,5 mil milhões de euros em 2022. Ministro da Saúde quer baixar despesa com medicamentos

Manuel Pizarro refere que, relativamente ao ano anterior, a despesa pública com medicamentos aumentou 300 milhões de euros em 2022. O ministro da Saúde garante ainda que não faltam fármacos em Portugal.

O ministro da Saúde avisou, esta terça-feira, que a despesa atual com medicamentos não é comportável. Na abertura da cerimónia que assinala os 30 anos do Infarmed, Manuel Pizarro não dá detalhes, mas assegura que já está a negociar com a indústria farmacêutica para baixar a despesa.

"É absolutamente claro que o país não pode aumentar 10 por cento ao ano a sua despesa com medicamentos", afirmou o ministro da Saúde, recordando que "100 por cento dos medicamentos administrados ou distribuídos nos hospitais são pagos pelo SNS e mais de 50 por cento dos medicamentos comparticipados nas farmácias são pagos pelo Estado".

"Esta é uma despesa pública que, em 2022, terá andado próximo dos 3,5 mil milhões de euros e o aumento em relação ao ano anterior foi superior a 300 milhões de euros", adianta.

Manuel Pizarro insiste que não faltam medicamentos em Portugal, mas reforça que será criada uma lista de medicamentos críticos para garantir o abastecimento de farmácias de hospitais. Esta é uma das medidas que o Governo está a preparar para fazer face à escassez de alguns fármacos, que, ainda assim, têm substitutos no mercado.

"A lista de medicamentos críticos visa precisamente garantir que não falta nenhum medicamento essencial nas farmácias portuguesas. Essa lista será estabelecida por peritos do Infarmed e validada com parceiros. Em relação a cada um dos produtos dessa lista tomaremos medidas especiais para garantir que esses não possam escassear nas farmácias", explicou.

Há um mês, o Ministério da Saúde anunciou a criação de uma lista de medicamentos críticos, com preços de venda demasiado reduzidos, e cujo fornecimento ao mercado nacional pode estar em risco. O Governo admitiu, na altura, tomar "medidas" para garantir que não faltem medicamentos nas farmácias nacionais.

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