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Foram notificados quatro casos suspeitos de hepatite aguda de origem desconhecida em Portugal, anunciou, esta quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS).
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As crianças em causa, com idade compreendida entre sete meses e oito anos, apresentaram "um quadro clínico de hepatite aguda, estando em curso a avaliação laboratorial complementar e a avaliação epidemiológica". Os casos foram identificados nas regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
"Todos testaram negativo para hepatite A, B e C e SARS-CoV-2, aguardando-se ainda resultados para a hepatite E em duas situações. Um dos casos já testou positivo para adenovírus, tendo a amostra sido enviada para sequenciação ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge", explica a DGS em comunicado.
As crianças estiveram internadas, mas "nenhuma apresentou complicações graves, tendo recuperado do quadro clínico".
"Encontram-se em investigação fatores epidemiológicos como viagens ou ligações entre os casos, em colaboração com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC)", acrescenta a autoridade de saúde.
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A DGS recomenda o reforço das medidas gerais de proteção individual, como a higiene das mãos, a etiqueta respiratória, o arejamento e ventilação dos espaços interiores ou a limpeza e desinfeção frequente de equipamentos e superfícies.
"Caso uma criança apresente sintomas respiratórios e gastrointestinais deverá evitar, como habitualmente, creches ou estabelecimentos de educação ou ensino. Devido à necessidade de melhor compreender este quadro, a DGS tem participado formalmente em diversas reuniões de trabalho com os seus homólogos, através do Programa Nacional para as Hepatites Virais, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Pediatria. A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional e internacional e atualizará a informação epidemiológica e de saúde sempre que se justificar", acrescenta.
No contexto do surto internacional, foi constituída uma task force, que terá como missão "o acompanhamento e atualização da situação internacional, a avaliação de risco a nível nacional e a elaboração de orientações técnicas para a deteção precoce de eventuais casos que venham a ser identificados no país".