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A Associação de Cuidadores Informais espera cerca de 20 pessoas na concentração esta manhã junto ao parlamento. Não podem estar mais, porque têm de ficar em casa a cuidar de quem está dependente. Apesar disso, a vice-presidente da associação, Maria dos Anjos Catapirra, espera dar voz a quem vive numa situação limite.
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"A nossa expectativa é baixa, porque as pessoas não podem sair de casa, não têm em quem deixar as pessoas de quem cuidam. De qualquer maneira, mesmo que estejam cerca de 20 pessoas são representativas das muitas outras que não podem sair de casa. O nosso objetivo é tentar demonstrar publicamente que estamos desde junho à espera de uma regulamentação que já devia ter saído. Só queremos que se lembrem que também existimos, porque estivemos meses confinados e os apoios para nós cuidadores informais não vieram. Nota-se o cansaço de muita gente, nota-se que muitas pessoas precisam de respirar, de ter o apoio que está legislado", sustenta.
O estatuto do cuidador informal avançou apenas em alguns concelhos com projetos-piloto, mas essa experiência terminou em maio.
Maria dos Anjos Catapirra não percebe o atraso e exige explicações do governo, até porque com o anunciado chumbo do Orçamento do Estado o atraso vai ser ainda maior.
"Eu não acredito que num país que vai ficar parado sem haver orçamento do estado aprovado que venham só regulamentar a legislação para os cuidadores informais. Portanto, isto implicará um atraso com muitos mais meses e entretanto as pessoas estão a ser prejudicadas. Pelo menos que nos deem uma explicação do porquê de o processo estar a demorar, porque nem isso até nos deram até à data", remata.
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