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Se no ano passado a Polícia Marítima adotou uma postura de sensibilização face ao cumprimento das regras de segurança sanitária nas praias, este verão as infrações serão punidas com mão mais pesada.
Segundo avança o Jornal de Notícias esta quinta-feira, haverá multas entre os 50 e os 100 euros para quem não use máscara nos acessos à praia, restaurantes, balneários ou paredões, para quem jogue com raquetes no areal ou entre numa praia com a ocupação lotada.
Já os concessionários têm de assegurar a higienização e limpeza dos seus equipamentos e afixar as regras para dos banhistas em local visível, sob pena de pagar uma multa entre os 500 e mil euros.
As normas serão semelhantes às adotadas no ano passado, com algumas diferenças destinadas a corrigir problemas que se verificaram no primeiro verão em pandemia, aponta o JN. Por exemplo, os caixotes do lixo vão ter uma rede à volta para evitar que as máscaras descartáveis usadas caiam para o areal.

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Outra mudança: o uso de equipamentos de praia, como as gaivotas ou escorregas, volta a ser permitido, mas a sua higienização e limpeza tem que respeitar as orientações definidas pela Direção-Geral de Saúde.
Tal como foi determinado no ano passado, os utentes das praias deviam assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos com toalhas e o afastamento de três metros entre chapéus-de-sol, toldos ou colmos.
A utilização do areal das praias continua interdita a atividades desportivas com duas ou mais pessoas, exceto atividades náuticas e aulas de surf, com cinco alunos por instrutor e mantendo a distância obrigatória de 1,5 metros entre pessoas, tanto em terra como no mar
Regressa ainda o sistema de semáforo, com bandeiras de cor verde a indicar ocupação baixa, amarelo para ocupação elevada e vermelho quando foi atingida a ocupação plena, ficando os banhistas impedidos de entrar no areal a partir deste ponto, sob risco de multa.
A informação sobre o estado de ocupação das praias é também atualizada de forma contínua e em tempo real na aplicação Info Praia.
Carlos Vieira, da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (Apecate) e concessionário numa praia em Albufeira considera que, a confirmarem-se, estas são "medidas excessivas" e difíceis de implementar.
Carlos Vieira pede "equilíbrio nas medidas implementadas"
Em declarações à TSF, Carlos Vieira explica que é "muito difícil controlar" o número de pessoas no areal e o que estão a fazer, "ainda por cima com o efetivo que temos, de agentes da Polícia Marítima, tão baixo".
O presidente da câmara de Cascais é da mesma opinião. Apesar de compreender a penalizações para quem "de forma reincidente", não cumpra as regras, Carlos Carreiras nota que "o problema maior é que não há contingente suficiente para fazer essa fiscalização.
De cascais há Ericeira há "apenas 17 homens", aponta Carlos Carreiras
Por sua vez, João Carreira, presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia, não compreende a necessidade de implementar multas este ano, já que na época balnear de 2020 as normas sanitárias foram cumpridas.
No ano passado o verão correu "exemplarmente bem"
