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A retirada de fibras de amianto está a gerar um clima de pânico em algumas escolas. O MESA, Movimento Escolas Sem Amianto, tem recebido muitas queixas e dúvidas de pais e professores, sobretudo na região de Almada.
André Julião, dirigente do MESA, revela à TSF, que as intervenções estão a ser feitas fora do período mais indicado. "Algumas escolas, nomeadamente no concelho de Almada, estão agora a começar a querer as suas remoções, isto porque não foi possível fazê-las no tempo útil", aponta o representante do Movimento Escolas Sem Amianto.
Já que não foram concretizadas durante as pausas letivas, "as remoções estão a ser feitas após o período letivo das aulas, portanto, a partir das 18h00, e aos fins de semana", acrescenta André Julião.
Ouça as declarações de André Julião.
Em tempo de aulas, a remoção do amianto, defende, "cria esse clima de alarmismo que era de todo escusado", e, como não tem sido fornecida informação suficiente aos pais, "em muitos casos, os pais estão a ficar alarmados".
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André Julião acredita que as regras estarão a ser cumpridas. "Em princípio, se tudo estiver a ser cumprido, não haverá perigo. O que era necessário era fazer reuniões de preparação." Os alunos não deverão correr riscos, mas o MESA pede que a retirada de amianto seja explicada aos pais, estudantes e professores, de forma a esclarecer a comunidade quanto à data de início e de fim da intervenção e as medidas de segurança adotadas, bem como apresentando os resultados das medições de fiscalização da qualidade do ar. São obrigatórias estas "medições de fiscalização da qualidade do ar, antes e depois", assegura o responsável.
As queixas mais recentes estão relacionadas com o caso das escolas em Almada, mas André Julião admite que o clima de alarmismo se estenda a outras escolas do país.