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O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, revelou hoje que foram ultrapassados os 28.500 sismos desde o início da crise sismovulcânica em São Jorge, em 19 de março.
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"Ultrapassámos hoje os 28.500 sismos [desde o início da crise] e já temos 246 sismos sentidos pela população. Hoje, desde as 00h00 até às 10h00 da manhã, temos 59 sismos contabilizados pela rede sísmica do CIVISA", afirmou, após o 'briefing' diário sobre a crise sismovulcânica em São Jorge, no concelho de Velas.
Rui Marques reforçou que a possibilidade de ocorrer uma erupção vulcânica continua "em cima da mesa", apesar de existir uma "redução da energia libertada" desde 31 de março.

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Contudo, ressalvou, "nos últimos cinco dias tem existido um aumento da frequência diária de sismos novamente", pelo que o CIVISA vai manter-se "coerente com o nível de alerta vulcânico de V4", que significa ameaça de erupção.
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"Tem havido algum consenso naquele que é o órgão colegial do CIVISA, o gabinete de crise, na manutenção deste v4, porque de alguma forma em termos geológicos deste sistema fissural de Manadas estas pequenas oscilações já eram previveis no início desta crise", assinalou.
A atividade sísmica que tem vindo a registar-se desde as 16h05 do dia 19 de março na ilha de São Jorge, numa faixa desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno, na Silveira, "continua acima do normal", avançou hoje o CIVISA.
O sismo mais energético ocorreu no dia 29 de março, às 21h56 e teve magnitude de 3,8 na escala de Richter.
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).