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Na sessão desta sexta-feira relativa ao processo de extradição de João Rendeiro para Portugal, o juiz recebeu os documentos de extradição enviados por Portugal. O procurador Naveen Sewparsat entregou ao tribunal uma caixa de cartão contendo o processo de extradição enviado por Portugal, contendo dois conjuntos de documentos, um em português, outro em inglês. Contudo, a fita vermelha e verde que selava o conjunto de documentos em português estava partida, enquanto os documentos traduzidos estavam devidamente selados.
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Naveen Sewparsat referiu que a procuradoria vai apresentar um pedido para que os documentos de extradição sejam enviados através de canais diplomáticos para as autoridades portuguesas, de forma a que estas os verifiquem e voltem a selar.
Por seu lado, a advogada de defesa, Kellie Hennessy, disse que a defesa só conseguiu ter acesso aos documentos hoje de manhã e que precisava de mais tempo para os estudar.

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A porta-voz da National Prosecuting Authority (NPA, ministério público sul-africano), Natasha Ramkisson, disse à saída do tribunal que a equipa de procuradores sul-africanos está a trabalhar em conjunto com procuradores em Portugal.
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Também à saída, Kellie Hennessy recusou-se a responder a questões sobre a saúde e condições de detenção de Rendeiro.
O ex-banqueiro entrou na sala de audiências a tossir e, questionado pelos jornalistas, disse estar "um bocadinho melhor", numa alusão a problemas de saúde enquanto detido.
À saída, levado por polícias, repetiu a mesma declaração.
O magistrado Johan Van Rooyen autorizou os jornalistas a estarem presentes e as televisões portuguesas a transmitirem as sessões que se seguirão, mas proibiu qualquer perturbação durante os trabalhos, como disse ter acontecido hoje quando interpelaram João Rendeiro. A repetir-se, a autorização será revogada, sublinhou.
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) continuará detido na prisão de Westville, província de Westville, KwaZulu-Nata e voltará a tribunal na próxima quinta-feira, 27 de janeiro.

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