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No concelho de Velas, na ilha de São Jorge, há ainda quem se recorde dos sismos de há uns anos, que levaram à destruição da região. É o caso de Liliana Andrade, vive em Velas, é jornalista da Rádio Lumena, e contou à TSF que, perante os avisos das autoridades, já há quem esteja a preparar "malas, mochilas e sacos com mudas de roupas, kits de primeiros socorros e bens de primeira necessidade" para "ter à mão" caso sejam obrigados a "evacuar" para outro concelho.
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Ouça aqui as explicações de Liliana Andrade
Na terça-feira, a Proteção Civil dos Açores anunciou que "está a preparar medidas preventivas que possam ser adotadas num possível cenário de um sismo de maior magnitude ou de uma possível erupção" em São Jorge. O município de Velas e da Calheta já acionaram o plano municipal de emergência como medida preventiva.

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A jornalista de 30 anos confessa à TSF estar sobretudo preocupada com a segurança da filha de um ano e adianta que o ambiente na vila é de "expectativa e constante preocupação", mas prefere "manter a esperança" de que "tudo isto não passe de um susto".
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A jornalista adianta que o ambiente na vila é de "expectativa" e "preocupação"
Liliana Andrade não viveu os grandes sismos de 1964 ou 1980, mas lembra-se da grande destruição de outro abalo em 1998, quando tinha apenas 5 anos. "Senti a cama a bater contra a parede e lembro-me de ver a destruição no Faial, onde o meu avô vivia", explica.
Ouça aqui os relatos de Liliana Andrade à TSF
De acordo com a informação avançada pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), "todos os sismos até agora registados na ilha de São Jorge são de origem tectónica".

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Desde sábado, 19 de março, já foram registados mais de 1800 sismos na ilha de São Jorge, mas a população sentiu apenas uma centena destes. Perante uma atividade sísmica "muito acima dos valores de referência", o presidente do CIVISA, Rui Marques, não descarta a hipótese de uma erupção vulcânica, que a acontecer seria semelhante ao episódio sucedido na ilha de La Palma, nas Canárias.