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A Sociedade Portuguesa de Diabetologia alerta para a urgência de voltarem a ser feitos os rastreios da retinopatia diabética, uma complicação comum entre quem tem diabetes e uma das principais causas de cegueira nos adultos portugueses.
A Sociedade realiza, a partir desta quinta-feira, o seu congresso anual e um dos temas em cima da mesa é o impacto da pandemia sobre o acompanhamento dos diabéticos.
O presidente, João Raposo, explica à TSF que estão preocupados com os milhares de exames ao pé diabético que ficaram por fazer em 2020, temendo-se o aumento das amputações, mas também com os rastreios oftalmológicos que, na maioria das regiões, estão suspensos há cerca de um ano.
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"Tem de existir algum investimento para recuperar este atraso e não se pode fazer um ano como se nada tivesse acontecido nas observações do pé, no rastreio da retinopatia e nas análises de rotina de quem tem diabetes", detalha o presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, que pede um plano de recuperação.
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O especialista teme um aumento das amputações de diabéticos, mas também dos doentes a cegar ou a chegarem ao rastreio oftalmológico numa situação mais grave que depois tem uma recuperação mais complicada.
"É preciso analisar quem ficou para trás", alerta João Raposo
João Raposo recorda que, por norma, o rastreio oftalmológico deve ser feito uma vez por ano a todos os diabéticos que ainda não são acompanhados por essa especialidade, na sequência de complicações de retinopatia diabética.

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