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Morreram, na primeira metade deste ano, em Portugal, 119 bebés com menos de um ano de idade, valor que se traduz numa taxa de mortalidade infantil de 3,1 óbitos por cada mil nados-vivos e que não era tão alto desde 2018, escreve esta segunda-feira o Correio da Manhã.
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De acordo com os dados do Portal da Vigilância da Mortalidade, da Direção-Geral de Saúde, consultados por aquele jornal, morreram mais 29 bebés com idade até um ano relativamente ao primeiro semestre de 2021 e mais três relativamente ao mesmo período de 2020.
Os números que marcam o aumento da mortalidade.
As 119 mortes registadas até junho em Portugal já colocam 2021 como o terceiro pior dos últimos dez anos no que respeita à mortalidade infantil, mas contactada pelo Correio da Manhã, a DGS assinalou que, em contraste, as taxas de mortalidade infantil registadas em 2020 e em 2021 foram as mais baixas de sempre: de 2,43 óbitos por cada mil nascimentos, e de 2,4, respetivamente.
A DGS ressalva, por outro lado, que as causas básicas da morte ainda vão ser publicadas através o Instituto Nacional de Estatística, dado que os últimos dados disponíveis dizem respeito a 2020.
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As autoridades de saúde revelam ainda estar a monitorizar a taxa de mortalidade infantil por ano civil numa metodologia que combina a informação em séries de cinco anos porque, segundo a DGS, tal confere uma maior estabilidade e robustez ao indicador. Em 2019, o valor foi de 2,9 e em 2018 atingiu os 3,3.
O aumento da mortalidade infantil segue a tendência do aumento da mortalidade geral em Portugal, que já colocou o país no topo da Europa a nível do excesso de mortalidade relativamente à média de 2016 a 2019.

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