Trabalhadores da Transtejo em greve parcial entre segunda e sexta-feira

As greves parciais de três horas por turno iniciam-se na segunda-feira, dia 8, e prolongam-se até sexta-feira, dia 12.

Os trabalhadores da Transtejo vão voltar à greve parcial, de três horas por turno, entre segunda e sexta-feira, por verem as suas reivindicações ignoradas pela administração da empresa e pelo Governo.

De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores "voltam à luta porque durante quase um ano a administração/Governo ignoraram as reivindicações dos trabalhadores e as soluções que lhes foram apresentadas".

As reivindicações dos trabalhadores são referentes a este ano, "que podem ser suportadas pelos orçamentos da empresa e do Estado", pelo que a situação entretanto criada de marcação de eleições "não inviabiliza situações, basta haver vontade do Governo", refere o sindicato.

A greve foi marcada em plenário de trabalhadores realizado a 14 de outubro passado, sendo que na altura não tinha sido ainda estabelecido quais os cinco dias em que se iria realizar a paralisação.

As greves parciais de três horas por turno iniciam-se na segunda-feira, dia 08, e prolongam-se até sexta-feira, dia 12.

Em declarações à TSF, Carlos Costa, do sindicato dos transportes fluviais, anuncia que os horários previstos não são assim tão seguros, dado que poderá haver "alturas em que não vai haver trabalhadores para completar os turnos".

"Possivelmente irá haver muitas carreiras suprimidas, e esta semana, possivelmente, irão ultrapassar as quase 250 carreiras suprimidas desde outubro", afirma.

Carlos Costa não vê motivo para cancelar os protestos por causa da situação política, ao contrário do que fizeram vários sindicatos que têm vindo a suspender ou desconvocar greves previstas para este mês.

"Grande parte das reivindicações dos trabalhadores da Transtejo podem ser resolvidas", considera, dando o exemplo da sobrecarga de carreiras.

Os sindicatos que representam os trabalhadores da Transtejo insistem na greve como forma de pressão à empresa e ao Governo.

"As greves são sempre o último recurso que qualquer trabalhador aplica, mas neste momento há pouco espaço para fazer outra coisa. Depois da reunião do passado dia 20, com o senhor secretário de Estado, os trabalhadores sentiram-se afrontados com aquela proposta de que 'vamos adiar tudo e reunimos para a semana'. Já passaram duas semanas e o senhor secretário de Estado nunca mais se lembrou do que tinha dito", acrescenta.

No site da empresa, a Transtejo avança que "não é possível garantir o serviço regular de transporte fluvial" durante a realização da greve, sendo que os terminais e estações vão estar encerrados durante os mesmos períodos "por motivos de segurança".

Segundo os dados da empresa, nos dias 08, 10 e 11 de novembro, realizam as carreiras entre Cacilhas e Cais do Sodré, das 09h20 às 16h45 e a partir das 20h14 e no sentido inverso das 08h32 às 16h45 e a partir das 20h26.

Já nas ligações Montijo - Cais do Sodré as carreiras previstas realizam-se das 09h30 às 16h30 e das 20h30 às 22:30, enquanto entre o Cais do Sodré - Montijo será das 10h00 às 16h30 e das 20h10 às 23h15.

Entre o Seixal e o Cais do Sodré, os barcos irão circular das 09h15 às 16h30 e das 20h30 às 22h30, e no sentido inverso das 09h40 às 16h30 e das 20h30 às 23h15.

A travessia Trafaria - Porto Brandão - Belém será realizada das 09h40 às 16h00 e das 20h30 às 21h30, no sentido contrário os barcos circulam das 10h00 às 16h30 e das 21h00 às 22h00.

Na terça-feira, dia 09 de novembro, de acordo com os horários disponibilizados pela Transtejo, estão previstas as travessias entre Cacilhas e Cais do Sodré das 11h15 às 16h55 e a partir das 20h14, no sentido contrário das 11h07 às 16h45 e a partir das 20h05.

A ligação Montijo - Cais do Sodré será realizada das 11h00 às 16h30 e das 20h30 às 22h30 e no sentido inverso das 11h00 às 16h30 e das 20h00 às 23h15.

Já entre o Seixal e o Cais do Sodré estão previstos barcos das 11h00 às 16h45 e das 20h30 às 22h30, sendo no sentido contrário das 11h30 às 16h45 e das 20h15 às 23h15.

Entre a Trafaria - Porto Brandão - Belém os barcos realizam-se das 09h30 às 16h00 e das 20h30 às 21h30, enquanto no sentido inverso das 10h00 às 16h30 e das 21h00 às 22h00.

Para sexta-feira, último dia de greve, estão previstas as travessias entre Cacilhas e Cais do Sodré das 11h15 às 16h45 e a partir das 20h14, sendo no sentido contrário das 11h07 às 16h45 e a partir das 20h26.

Entre o Montijo - Cais do Sodré haverá travessia das 12h00 às 16h30 e das 20h30 às 22h30 enquanto no sentido contrário está prevista a ligação das 11h00 às 16h30 e das 20h10 às 23h15.

Já entre o Seixal - Cais do Sodré as ligações vão fazer-se das 11h00 às 16h30 e das 20h30 às 22h30, sendo que entre o Cais do Sodré - Seixal será das 11h30 às 16h30 e das 20h15 às 23h15.

Por fim, a travessia Trafaria - Porto Brandão - Belém será assegurada das 09h40 às 16h00 e das 20h30 às 21h30, e no sentido contrário das 10h00 às 16h30 e das 21h00 às 22h00.

Os trabalhadores da Transtejo, juntamente com os da Soflusa, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração da empresa e os sindicatos, tendo o Ministério do Ambiente reunido igualmente com os sindicatos na tentativa de desbloquear a situação.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

As perturbações dos serviços entre Lisboa e os municípios da margem sul, no distrito de Setúbal, servidos por transporte fluvial têm sido frequentes em setembro e outubro, atingindo o Montijo, o Seixal e Cacilhas e Trafaria, em Almada, devido à falta de recursos humanos, segundo a empresa.

* Atualizado às 12h12

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