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O Juízo de Comércio do Fundão, do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, declarou a insolvência da Sociedade Industrial de Confeções Dielmar, S.A, requerida pela empresa, com mais de 300 trabalhadores.
A Dielmar, com sede em Alcains, concelho de Castelo Branco, avançou com o pedido de insolvência na segunda-feira, ao fim de 56 anos de atividade, uma decisão que a administração atribuiu aos efeitos da pandemia de Covid-19.
A declaração do anúncio de insolvência, a que a agência Lusa teve hoje acesso, foi publicada na terça-feira e assinada pela juíza de turno Laura Abriel, que nomeou para administrador da insolvência João Francisco Baptista de Maurício.
A juíza fixou o prazo para a reclamação de créditos em 30 dias.

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Designou ainda o dia 26 de outubro, às 14h00, para a realização da reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório, podendo fazer-se representar por mandatário com poderes especiais para o efeito.
É também facultada a participação de até três elementos da Comissão de Trabalhadores ou, na falta desta, de até três representantes dos trabalhadores por estes designados.
Ficou ainda definido que pode ser aprovado plano de insolvência, com vista ao pagamento dos créditos sobre a insolvência, a liquidação da massa e a sua repartição pelos titulares daqueles créditos e pelo devedor.

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Os trabalhadores da Dielmar decidiram na segunda-feira, em plenário, realizar uma concentração junto aos Paços do Concelho de Castelo Branco, no dia 09 de agosto.
A empresa foi fundada em 1965, em Alcains, por quatro alfaiates.

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