O noivo Eder Meneghine, 60 anos, popular na alta sociedade carioca, não apenas na qualidade de arquiteto mas sobretudo na de dono de restaurantes e locais de eventos, prometera aos convidados, restritos a apenas 100 por causa da pandemia, um casamento inesquecível.

Mas qual noivo não acha o seu próprio casamento inesquecível, terão pensado os amigos.

Afinal, a festa, no Solar das Palmeiras, Ilha da Gigóia, um espaço de 2000 metros quadrados de jardim rodeados por natureza, na zona oeste do Rio de Janeiro, fora pensada ao detalhe por três meses. O bolo, por exemplo, era de abacaxi com penas de avestruz.

Entre os convidados, o premiado realizador Neville D"Almeida, a socialite Vera Loyola, a drag queen Isabelita dos Patins, que levou as alianças, e o DJ Alexandre Capelli, que cuidou da banda sonora.

O outro noivo, o modelo Dyls Reis, 23 anos, menos 37 do que de Eder, não era tão íntimo da maioria dos convidados: afinal, os dois conheciam-se há cerca de um ano e a decisão de se casarem surpreendeu um pouco os amigos de longa data de Eder, muito habituados ainda à relação dele com Hugo Oliveira, um chef de cozinha de 42 anos, seu parceiro por 16 até à ruptura há cerca de três.

Com toda a gente já bem animada, o noivo de Eder surgiu, atrasado, como mandam as regras, ao som de Con Te Partirò, um clássico de Andrea Bocelli.

E, de imediato, ouviu-se um "aaaahhh" generalizado. Era Hugo e não Dyls, que rompera com Eder na véspera, o escolhido.

Muito querido de todos, Hugo, em lágrimas, foi aplaudido por mais de 20 minutos.

E Eder mostrou que sabia o que dizia quando prometeu aos amigos um casamento inesquecível.