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Esta conversa estava aprazada há muitos anos, desde que nos cruzámos em São Cucufate, eu procurando histórias, ela celebrando com a sua equipa o resultado de escavações em redor de Beja. Mas nunca calhou porque as nossas andanças não permitiram mais do que breves registos para o noticiário do dia. Desta vez, ainda embalada pelas intensas celebrações dos 100 anos de Luís Gonzaga, a minha interlocutora está disponível para abrir o mapa e falar dos caminhos de uma vida.
Ouça aqui o programa "Onde nos levam os caminhos" na íntegra
Conceição Lopes é coordenadora científica do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Está associada a algumas das mais importantes escavações arqueológicas realizadas em Portugal e tem chefiado missões arqueológicas internacionais à Síria e ao Iraque. Foi perita da Unesco no projecto de candidatura de Mbanza Congo a património da Humanidade. Mas a conversa que iniciamos no seu local de trabalho na Universidade de Coimbra, de novo regressada da Chapada do Araripe (ela que sempre se sente em casa nesse lugar de encantamento que é o Recôncavo Baiano) começa pela aldeia da sua infância, no concelho de Arganil. Porque a infância de Conceição Lopes permitiu-lhe brincar com a terra.