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Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu ontem que "a função do Presidente da República é ajudar o Governo a não se pôr a jeito". É um amparo apreciável, tanto mais necessário quanto o próprio primeiro-ministro admitiu, em recente entrevista televisiva, que "o Governo pôs-se a jeito, cometeu erros", nem sempre respondendo, como devia, às dúvidas que existiam.
Tomemos como boa a ideia de que esta disponibilidade presidencial dá jeito a um governo que Marcelo pretende amparar, assim evitando que ele possa entrar em "dissolução interna".
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Talvez este constrangido mea culpa de Costa e o pressuroso lembrete presidencial, estimulem nos titulares de uma tão vasta e até agora tão arrogantemente descuidada maioria a absoluta urgência de um novo jeito, de uma nova ginga. Merecemos, nós todos, esse cuidado. Caso contrário repetir-se-ão casos como o da mais recente movimentação de peças na Direcção Geral de Veterinária em que, de novo, saiu à ministra o tiro pela alcatra.
Reclama-se do governo um jeito manso de nos fazer rodeios, de modo que o nosso corpo, a nossa quotidiana vida, sejam testemunhas do bem que ele nos faça. Ainda que uma por outra vez possa revelar-se um jeito meio estúpido de amar, que nos faça sentir amados.
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