Uma questão de ADN

Podem ser irmãos, avós e netos, pais e filhos, companheiros, marido e mulher... São pessoas da mesma família que se juntam para uma conversa em que se fala de tudo. São percursos de vida e testemunhos que atravessam diferentes gerações. O que os une para lá do apelido, o que os separa para lá da diferença de idades.
Quarta-feira, depois das 13h00. Repete ao domingo, após as 14h00. Com Teresa Dias Mendes

Intimidade Indecente: Marcos Caruso e Eliani Giardini

Atores, paulistas, o mesmo humor e a mesma idade " apesar da Eliane parecer que tem menos 25 anos " . No palco eles vestem a pele de Mariano e Roberta, na peça " Intimidade Indecente ". Figuras de referência das novelas da Globo, Marcos Caruso e Eliane Giardini respiram no teatro, como na própria vida " o teatro é como acordar todos os dias".

Para ele é um regresso, para ela uma estreia. Em 2019, Eliane Giardini não pôde vir a Portugal, por conta de compromissos já assumidos no Brasil. Foi a atriz Vera Holtz quem então, interpretou a Roberta de Intimidade Indecente, embora o papel lhe tenha sido destinado desde que a peça é gente.

Agora sim, é ao lado de Marcos Caruso, "o seu velho Mariano", que vive a contra cena da vida de um casal que se separa aos 60 anos.

Os dois partilham o palco com um sofá e envelhecem perante a plateia, até aos 90, sem outros adereços ou truques, que não os da cabeça e os do próprio corpo." A dança agora é outra, Começámos do zero, e há quem pergunte se é outra peça. A atmosfera é diferente", repara Marcos Caruso, após alguns dias em cena " o público pode emocionar-se, rir ou refletir com outras coisas", ou nas palavras de Eliane Giardini" estamos dançando a mesma música, mas outro figurino, com outra coreografia".

Resumindo os quatro movimentos da peça, diz a atriz" no primeiro a gente se separa e anda muito à volta do sofá, no segundo ele tenta voltar, no terceiro, é ela que tenta, e já vão sentando no sofá, no quarto não vou dizer, mas quase não saímos do sofá". Cada movimento representa uma década. Cada dia em palco é um outro dia" nós mostramos também a intimidade indecente do teatro, ali não tem paredes, como não tem paredes na vida". Só o sofá e o "soliló" de cada um.

A comida portuguesa, o tempero da língua, "a situação triste" do Brasil, e outras intimidades. Como a lista do supermercado, onde vão, mal terminem de gravar na rádio. A história não acaba aqui, e a peça, em cena no Tivoli, em Lisboa até final de Fevereiro, segue depois para outras cidades.

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